A jornalista Luciana Barreto e a historiadora Miracema Alves do Santos
Uma repórter de televisão que perdeu as contas de quantas vezes foi
confundida com maquiadora na emissora em que trabalhava. Uma estudante
de Direito que teve de convencer um professor de que a resposta certa em
uma prova era fruto de seus estudos, não 'adivinhação', e que já teve
de enfrentar a desconfiança de um juiz quanto à sua formação.
Embora vivam em cidades diferentes e tenham profissões distintas, essas
duas personagens carregam em comum o fato de serem negras e terem
participado de um programa de ação afirmativa pioneiro que nos anos 1990
concedeu bolsas a afrodescendentes carentes em uma das mais importantes
universidades do Rio de Janeiro.
As histórias da jornalista Luciana Barreto e da advogada e historiadora
Miracema Alves dos Santos fazem parte do livro Afrocidadanização -
Ações Afirmativas e Trajetórias de Vida no Rio de Janeiro (Editora
PUC-Rio), escrito pelo pesquisador Reinaldo da Silva Guimarães. A obra
mostra a trajetória de 14 alunos, em sua maioria negros, egressos de um
dos primeiros programas de ação afirmativa instalados em uma
universidade brasileira.
Iniciado em 1994, o convênio entre a PUC-Rio e o Movimento Social
Pré-Vestibular para Negros e Carentes (PVNC) permitiu que alunos
aprovados no vestibular pudessem ingressar na faculdade com bolsas de
estudo, possibilitando que centenas de negros de comunidades pobres
passassem a frequentar os bancos da universidade.
(http://g1.globo.com/mundo/noticia/2013/05/apos-acao-afirmativa-negros-enfrentam-preconceito-na-universidade-e-no-trabalho.html)Postada por Juliana
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