"Seis anos se passaram desde a criação da lei Maria da Penha, mas muitas das vítimas ainda têm medo de denunciar seus agressores ou têm dúvidas sobre o processo judicial. Sancionada pelo então presidente Luís Inácio Lula da Silva, em 2006, a norma estabeleceu um rigor maior para casos de violência contra mulheres no Brasil.
"Eu tenho roxos em todo o meu rosto, em minha cabeça e um nariz quebrado. Prestei uma queixa, ele será processado, mas nada vai impedir realmente que ele siga com a vida dele. Ele provavelmente só terá que pagar uma multa ou fazer serviço comunitário", lamentou uma dessas vítimas à BBC Brasil, que acompanha o dia a dia de uma das delegacias da mulher no Rio de Janeiro, onde dezenas prestam queixas todos os dias.
As delegacias focadas nesse tipo de atendimento, para onde as mulheres são encaminhadas depois de acionarem o atendimento de emergência, foram criadas em 1985, no início da redemocratização brasileira.
No entanto, a cultura de machismo no País ainda é vista como um empecilho para a Justiça em relação à violência sexual e doméstica contra mulheres."
Mas podemos analisar, pelas notícias que vemos em jornais, revistas e na televisão, que pouca coisa mudou no nosso
país. É muito fácil fazer uma lei, difícil é a mudança de toda uma cultura,
onde o sentimento de posse com relação a mulher ainda é grande e em nome desse
sentimento se mata, espanca-se, estupra-se e ignoram-se direitos ainda que
escritos, como a Lei Maria da Penha.
Então, percebemos que temos um longo e grande
trabalho pela frente. Não basta uma lei. É necessário um trabalho de
conscientização da sociedade. E isso leva tempo. Mas se analisarmos toda
a história cultural do Brasil com relação a mulher, veremos que estamos
caminhando a passos largos e acredito ser apenas uma questão de tempo para
termos uma verdadeira mudança.
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