domingo, 23 de junho de 2013

AS MANIFESTAÇÕES NO BRASIL

Cinco motivos que justificam as manifestações nas ruas do Brasil



Brasil não melhorou seus índices de saúde, educação e renda e ainda piorou os dados relacionados à pobreza e desigualdade de gênero, apurou o estudo Indicador Anefac dos países do G-20. Por conta disso, o Brasil recua novamente para a 15ª posição em relação às 20 maiores economias do mundo. Em 2012 nós fomos superados pela Turquia e pela Arábia Saudita que, no contexto geral, tiveram melhor desempenho que os indicadores brasileiros.
O Indicador Anefac dos países do G-20 é um conjunto de resultantes de indicadores da ONU publicados pelos países: África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coréia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia e Turquia. “As informações foram extraídas do site da ONU na data de 07/04/2013, e refletem a posição vigente desses indicadores publicados pelos países correspondentes até essa data”, informam os coordenadores do Gianni Ricciardi e Roberto Vertamatti, respectivamente vice-presidente de administração e presidente do conselho da entidade.
Sem evolução no ranking do IDH
De acordo com o documento, o Brasil, que está na 85ª posição do IDH no contexto mundial, tendo perdido uma posição em relação ao ano passado onde era o 84º, também não apresentou evolução dentro do ranking do IDH quando considerado apenas os países do G-20, permanecendo na 14ª posição.
No ranking da saúde o Brasil manteve-se na 13ª posição, assim como ficou estável na 14ª posição na educação e na 17ª posição considerando os indicadores de desigualdade. A Turquia estava próxima do Brasil na resultante geral, e os avanços nas categorias de maior correlação com o IDH (desigualdade, saúde e educação), certamente tiveram influencia na superação sobre o Brasil no ranking deste ano.
Ranking da Educação
O ranking da educação apresentou 93,6% de correlação com o IDH, permanecendo como uma categoria de importante influência no IDH das Nações. O Brasil se manteve na 14ª posição considerando os países do G-20, repetindo o resultado do ano anterior. Estes indicadores não conseguem inferir a qualidade da educação e, no Brasil, pela percepção geral, esta qualidade está muito aquém dos padrões dos países desenvolvidos. Enquanto no Brasil as crianças ficam 14,2 anos na escola, em média, nos países desenvolvidos as crianças ficam na escola ao redor de 16,5 anos. No Brasil, em média, os adultos passaram 7,2 anos na escola, enquanto que nos países desenvolvidos a média está próxima dos 12 anos.
Ranking da Desigualdade
O ranking da desigualdade é a categoria que apresenta a segunda maior correlação com o IDH, com 96,8%. Estes indicadores mostram as desigualdades com relação à distribuição de renda e o Brasil está no 17º lugar com relação ao G-20, mantendo a mesma posição do ano anterior. No contexto mundial, o Brasil ocupa a 117ª posição neste coeficiente.
Ranking da Pobreza
O ranking da pobreza apresenta 90,7% de correlação com o IDH. O Brasil caiu para a 14ª posição. A situação do Brasil com relação à pobreza indica que pioramos uma posição em relação ao ano anterior, e ainda estamos em pior situação do que Rússia, Argentina e México. Aproximadamente 8,5% da população brasileira, algo como 17 milhões de habitantes vivem na miséria, dentre os quais, dez milhões vivem com US$ 1,25 por dia.
Ranking de Sustentabilidade
O ranking de sustentabilidade é o que apresenta a menor correlação com o IDH, apenas 49,1%. Há de se considerar tratar-se de uma categoria nova, com indicadores novos considerados e outros removidos a cada ano, até que sejam identificados e mantidos indicadores mais estáveis para a categoria.
O Brasil está na 3ª colocação. O fato de desfrutar de uma matriz energética favorável referente à emissão de CO2 se reflete no indicador, porém os 9,6% de variação na área de floresta, e o fato de não informar a população que vive em áreas degradadas, tais como no sertão e áreas de manguezais, são elementos que podem influenciar negativamente na posição do Brasil nesse ranking no futuro. 
"Eu não estava entendendo bem as manifestações. Mas agora percebo que a explosão é por uma série de coisas. Os 20 centavos foram a gota d'água. Mas ninguém aguenta mais a desfaçatez dos que se investem de autoridade apenas para obter vantagens e perseguir seus próprios interesses. Do abandono da educação, dos péssimos serviços de saúde, da falta de saneamento básico, do transporte capenga. Enquanto isso, mais ministérios, mais cargos em comissão, mais viagens nababescas, mais propaganda. O Brasil é uma República, mas vive como se fosse um Império. É preciso reagir e fazer cumprir a Constituição Cidadã, que quer "cidadãos", não vassalos servis à vontade soberana. O único ponto a ser corrigido é a violência, o vandalismo, a depredação, o saque, o fogo. Isso deslegitima o movimento que poderia mudar o Brasil. Pois até os surdos se comovem se a população estiver a clamar por socorro. Mais ética, mais moralidade, mais impessoalidade, e muito mais eficiência! O povo é o patrão. Ele sempre tem razão!"
"Acho importante que o povo acorde. Há muito descalabro no Brasil. A tributação é uma das maiores do globo. A educação, a saúde, a infraestrutura, uma das piores. Pessoalmente, sempre estranhei perdão a dívida externa, investimento em publicidade governamental, gastos com Copa e outras coisas menos sérias do que a formação da cidadania. Mas violência é intolerável. As redes sociais conseguiram fazer a primavera árabe, disseminar informação instantânea e muita coisa mais. Vamos ter juízo nesta hora!

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